Congresso do CDS: a fasquia (demasiado) elevada de Assunção


O CDS reuniu este fim de semana em congresso, em Lamego. 

Dos dois dias de conclave resultou apenas a consagração da líder Assunção Cristas. 

Internamente, o partido que está a habituar-se aos dois dígitos, não tem dúvidas da confiança que deposita na mulher que Portas trouxe para o Caldas já lá vão dez anos. Porém, a fasquia que a presidente democrata-cristã coloca a si mesmo é alta. Demasiado. 

Mas sabemos todos que esse impulso decorre do resultado histórico que obteve nas últimas autárquicas em Lisboa. 

Na verdade o CDS soube aproveitar o momento frágil do PSD, em cacos, após a subida de António Costa a primeiro-ministro. 

É esse capital que Assunção tenta ganhar. Com Rui Rio a assumir os destinos "laranjas", a coisa continua em ascensão, já que Rio ainda parece andar a arrumar a casa, e conta pelo meio com casos de má imprensa - Elina Fraga, Barreiras Duarte e a rebelde bancada parlamentar - que ajudam, e muito, o CDS. 

O risco é alto já que conquistar o principal lugar de destaque no centro direita em Portugal é, para um partido como o CDS, algo ainda muito difícil. 

Seja como for, veremos até onde estes dois anos levarão Assunção. Se Rio não descolar, dificilmente a coisa será negra. E aí o grande combate do CDS são as «esquerdas unidas» como a própria define. Resta saber se os dois dígitos serão ou não uma realidade para um partido que tem ainda um longo caminho a percorrer na implantação territorial. 

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